Mateus 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”
Há evidências que tendem a provar que as palavras de Jerônimo não eram “su ei Petros” (tu és Pedro), mas “su eipas” (tu falaste a verdade), uma forma de expressão empregada várias vezes pelo Senhor (Mt 26.64, etc...). Na Vulgata Latina, nome da tradução da Bíblia feita por Sofrônio Eusébio Jerônimo, trabalho esse, que foi realizado entre 383 e 405, esta “Tu és Pedro”, mas, sabemos que essa foi uma tradução encomendada por Damaso, bispo de Roma, que pediu que introduzisse uma “ligeira revisão” nos evangelhos. Mas Jerônimo em seus escritos particulares, emprega as palavras gregas “su eipas” (tu disseste) e o grande Agostinho dá o equivalente em latim: “Tu dexiste” (tu disseste).
Nesse aspecto o texto de Mateus 16.18 ficaria assim: “Pois também eu te digo que tu “falaste a verdade”, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Com isso a fundação, base ou alicerce da igreja é em Jesus como vemos o apostolo Paulo dizendo em 1 Co 3.11 “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” e não em Pedro como afirmam.
Resposta ao Papado de Pedro.
Elias, o profeta do fogo que produziu despertamento.
INTRODUÇÃO.
O profeta Elias foi um homem que possuia o poder de Deus em sua vida (2 Rs 2.9), era um homem de oração (Tg 5.17,18) e obediente às palavras do Senhor (1 Rs 18.1,2), como Deus não poderia usar um homem deste? Foi o que Deus fez, o usou para trazer um despertamento espiritual a nação de Israel. Neste estudo veremos a situação do povo, qual o caminho para o despertamento, por que Elias é conhecido como o profeta do fogo e muito mais!
Texto base do estudo: 1 Rs 18.30-32, 36-39
“Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e restaurou o altar do SENHOR, que estava quebrado. E Elias tomou doze pedras, conforme ao número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.
Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó SENHOR Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração. Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: “Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!”
I. A CALAMITOSA SITUAÇÃO NACIONAL.
Situação política do povo, uma situação assustadora!
Naquele tempo o rei de Israel era Acabe, um dos reis mais ímpios que reinaram em Israel, seu reinado foi de 918 à 897 a.C. Sua esposa era Jezabel que era conhecida como a mulher mais ímpia da história de Israel. Como rainha, ela tomava parte ativa ao lado de Acabe, conduzindo-o aos maiores absurdos.
Situação espiritual do povo, uma situação horrível!
A rainha Jezabel era protetora oficial da idolatria no país. Havia no reino 400 profetas de “Asera” e 450 de “Baal” (1 Rs 18.19) que vivia à mesa de Acabe e Jezabel como parasitas. O povo israelita coxeava entre dois pensamentos (1 Rs 18.21), e como cegos sem rumo, rumavam para idolatria sem nenhuma resistência. Os fieis profetas de Deus, eram perseguidos, e Jezabel mandava matar todos que encontrava (1 Rs 18.4). um funcionário da casa de Acabe chamado Obadias (1 Rs 18.3), que era homem temente a Deus, consegui esconder 100 profetas numa cova sustendo-os com água e pão (1 Rs 18.4). Afora estes que, assim conseguiram escapar com vida havia ainda 7.000 no meio do povo, que não tinham dobrado seus joelhos perante Baal (1 Rs 19.18), que não tinham forças para impor alguma resistência ou influencia espiritual sobre o povo.
Situação social, o país vivia num clima de desgraça!
Por causa da seca, não havia lavoura e o povo vivia em miséria e em extrema fome, por exemplo a viúva de Sarepta, que sustentou Elias, mas estava a preparar o ultimo pão para si e para seu filho, para depois morrerem (1 Rs 17.1-12). Este fato mostra a situação gravíssima que o povo estava passando no reinado de Acabe.
II. ELIAS PREPAROU O CAMINHO PARA O DESPERTAMENTO.
A história do despertamento no monte Carmelo revela as leis que regem os despertamentos espirituais através dos tempos, vejamos:
1. Para mandar o despertamento, Deus precisa de um instrumento obediente.
Quando Deus disse a Elias para ele se apresentar a Acabe ele prontamente obedeceu (1 Rs 18.1,2), mesmo ele sabendo que Acabe estava procurando matá-lo (1 Rs 18.9,10), foi assim que começou o despertamento.
Deus sempre precisa de instrumentos que estejam dispostos a se entregar a Ele para a bem espiritual do povo (Ez 22.30). Às vezes acontece que aquele a quem Deus quer usar foge de sua responsabilidade (Jn 1.1-4), mas o fiel sempre diz “eis me aqui” (Is 6.8). Pois recuar ou retirar-se trás sempre prejuízos (Hb 10.38,39).
2. Deus fez manifestar a absoluta incapacidade e falta de competência de Baal.
A obediência de Elias à ordem de Deus, convocando o povo para ver o confronto entre, os sacerdotes de Baal e o profeta de Deus (1 Rs 18.19), deu oportunidade para o povo ver que nem Baal e seus sacerdotes podiam atendê-los em nada, a pedido de Elias, Deus mandou fogo para que povo reconhece-se que só Ele é DEUS (1 Rs 18.37), logo após o feito, o povo reconheceu que só o Senhor é Deus (1 Rs 18.39).
3. O altar que estava quebrado foi restaurado.
No 1º livro dos Reis capitulo 18 e versículo 30 vemos que o altar estava quebrado. O fogo que o profeta Elias esperava do céu, como a principal força do despertamento espiritual, só pode cair se altar estivesse perfeito, para sobre ele sacrificar pelos pecados do povo, vejamos os seguintes pontos desse fato:
O altar estava derribado (1 Rs 19.14), essa passagem mostra, num testemunho silencioso de que o problema era por que o povo tinha derrubado os altares do Senhor. Assim pode-se dizer também que, a causa de muitos problemas angustiantes do cristão de hoje, está no fato de seus altar ou seja, sua relação com Deus, esta quebrado!
Elias edificou o altar com 12 pedras, conforme o numero das tribos de Israel (1 Rs 18.31), representando a necessidade de que a nossa atitude para com Deus seja, integral e definida (Sl 7.8; 78.72; Mc 12.30).
4. Elias sacrificou pelos pecados de Israel (1 Rs 18.33,36).
Isto é indispensável para o despertamento. Primeiro a um sacrifício e depois vem o fogo do céu! Aquele que tiver seus vestidos alvos, pode esperar que o óleo sobre sua cabeça não vai faltar (Ec 9.8).
Com o altar levantado e com o sacrifício, Elias havia colocado o culto a Deus no centro da vida de Israel, está é a operação do Espírito Santo hoje! Ele exige que Jesus tenha a primazia em tudo (Cl 1.18), pois Ele quer sempre glorificar a Cristo (Jo 16.14), operando em poder, quando Jesus é glorificado! Jesus disse: “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.” (Jo 12.32)
5. Deus quer fazer sozinho, o milagre da manifestação do fogo; Ele não precisa de ajuda humana para isto!
Quando o sacrifício e a lenha estavam em cima do altar, Elias mandou que eles colocassem água em cima por três vezes, de modo que corria ao redor do altar (1 Rs 18.34,35), com isso, ele queria dizer que, o fogo de Deus é independente da ajuda do homem.
Hoje em dia vemos muitos querendo “ajudar Deus” para uma manifestação mais rápida do fogo do céu.isto faz aparecer fogo estranho (Lv 10.1 Nm 3.4; 26.61), a Bíblia afirma: “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zc 4.6). Aleluias e Glorias a Deus!
6. A oração de Elias foi a chave que abriu a céu para o fogo descer.
Ele orava: “Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus...” (1 Rs 18.37), quando tudo estiver em ordem em nossa vida, então teremos confiança e ousadia para pedir que ,Deus, mande o despertamento. Logo após 10 dias de constante oração é que Deus derramou o fogo no dia de Pentecoste (At 2.1-4), peçamos e Deus nos atenderá (Zc 10.1).
III. QUANDO O FOGO DESCEU O POVO FOI DESPERTADO.
Em 1 Reis, capitulo 18, versículo 38, diz que: “Então caiu fogo do SENHOR”, o que o fogo fez?
1. O fogo consumiu o sacrifício.
Isto significa que Deus aceitou a oferta pelo pecado do povo. É isso que o Espírito Santo quer nos revelar, que Ele convence o mundo da justiça (Jo 16.8), e Ele revela que Jesus é nossa justiça (Jr 23.6). No centro de todo verdadeiro despertamento, está o sacrifício de Cristo.
2. quando o fogo de Deus caiu, o povo mudou de opinião.
Mesmo tendo seguido a Baal, eles clamavam: “Só o SENHOR é Deus!” (1 Rs 18.39), o Espírito Santo convence o mundo do pecado (Jo 16.8), para assim libertá-los do mesmo. Foi assim no dias de Pentecoste, quando o fogo desceu, o povo ficou com os corações atormentados e perguntaram: “Que faremos, homens irmãos?” (At 2.37), assim também aconteceu nos dias de João Batista, a multidão o interrogava: “Que faremos, pois?” (Lc 3.10), não só a multidão mas também pessoas de posição elevada, como soldados dizendo: “E nós que faremos?” (Lc 3.14). quando a luz do Senhor se faz presente então os pecados ocultos aparecem (1 Co 14.24,25).
3. O despertamento deu ao povo força para acabar com a idolatria.
Foi o próprio povo que executou o castigo de Deus sobre a idolatria conforme Ele determinou na Lei dada através de Moisés em Êx 22.18 e Dt 18.10-12. um verdadeiro despertamento dá aos homens atitude séria em relação ao pecado.
BIBLIOGRAFIA:
Bergstén, Eurico; Lições Bíblicas, Jovens e Adultos, 3º Trimestre de 1981, Lição de nº 2, pág 5-8.
Dicionário Digital Aurélio Séc XXI;
Bíblia Sagrada Gratuita Versão 5.1 - João Ferreira de Almeida - Corrigida e Revisada © 2003 Eliseu F. A. Jr..