SANTIFICAÇÃO DO ESPÍRITO.

Introdução
Neste estudo estaremos apresentando as varias áreas em que santificação atua. Mas primeiro precisamos saber um pouco mais sobre santificação.

Qual o significado de santificação?
Santificação bíblica significa “separação para uso e posse de Deus”. Há vários textos nas Escrituras Sagradas que expressão esse termo com mais transparência como a de Êx 19.6, 22; Jr 1.15; Rm 1.1; etc...
A santificação é um processo espiritual que deve ocorrer na vida de cada cristão (At 20.32; 26.18 e 1 Co 6.11). também é a vontade expressa de Deus para cada um (1 Ts 4.3; 1 Pe 1.3-10).
Os objetivos da santificação são claramente expressos na Bíblia, como por exemplo o de agradar a Deus (Rm 8.8), pois é impossível agradá-lO se estivermos na carne, isso só acontece se disciplinarmos nossas ações. Outro objetivo é o de nos tornarmos participantes de Deus (Hb 3.14), é de nos tornar, aptos para o serviço de Deus (1 Ts 1.9) ou de entrarmos na presença de Deus como igreja gloriosa (Ef 5.25, 26), pois somente através da santificação é que podemos obter tal privilégio.

A santificação tem algum instrumento?
Há vários instrumentos da santificação. Um dele é o Sangue de Jesus.
O Sangue de Jesus é um instrumento poderoso de nossa santificação. Nele há duas fortes ações uma é a purificação e a outra é a santificação.
Pela purificação, todos os nossos pecados são completamente desfeitos (1 Jo 1.7 e Ef 1.6, 7) ou seja, ele nos da a remissão e a redenção de nossos pecados.
Pela santificação, a vida do cristão se torna absolutamente bela e sem manchas (Hb 13.12 e 10.10).
Outro instrumento é a Palavra de Deus. O poder santificador da Palavra de Deus é, sem duvida, inquestionável. A oração sacerdotal que Jesus fez, rogou que o Pai santifica-se os seus filhos pela palavra (Jo 17.17). Um dos meios que Davi usou para não pecar contra Deus, foi o de esconder a Sua palavra em seu coração (Sl 119.11).
O outro instrumento é o Espírito Santo. A palavra Santo nos leva a entender que, é a plena demonstração de Sua natureza santa (Rm 15.16; 1 Pe 1.2 e 1 Co 6.11).
As áreas em que a santificação atua veremos mais detalhadamente, assunto por assunto. São eles: espírito, alma, corpo, mãos, pés, olhos, ouvidos e da língua.
Pois esse é foco deste estudo!

Santificação do Espírito.
Para entramos no estudo da santificação do Espírito, usaremos o texto da 1ª carta de Paulo aos Tessanolicenses, no capítulo 5 e versículo 23, que diz: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo.”

Qual o significado de “o vosso espírito e vossa alma”?
Vemos que no principio, Deus, criou o homem a Sua semelhança (Gn 1.26, 27), com espírito, alma e corpo. O homem interior é formado de espírito e alma (1 Co 4.16; Ef 3.16), e devemos saber que o corpo é o “tabernáculo” onde o homem interior habita (2 Pe 1.14; 2 Co 5.1).
O espírito e a alma constituem a parte imortal do ser humano, a Bíblia diz que o espírito é incorruptível (1 Pe 3.4), e que a alma não pode ser morta (Mt 10.28). Em Eclesiastes 3.11 vemos que Deus pos a eternidade dentro do homem. Quando o espírito (Lc 8.54, 55) e a alma (1 Rs 17.20-22), deixam o corpo à pessoa morre e o corpo volta ao pó como era (Ec 12.7; Gn 2.7; 3.19). mas seu espírito e sua alma voltam a Deus que o concedeu (Ec 12.7; Ap 6.9), isto quer dizer que, ficam a disposição de Deus, que os fará chegar ao destino que corresponde à sua posição espiritual durante a vida no corpo.

Para onde eles vão?
O espírito e alma do crente irão para o paraíso (Lc 23.43; 2 Co 5.8; Hb 12.23; Ap 6.9).
O espírito e a alma do descrente para o Hades (Lc 16.23), onde as almas perdidas aguardam o julgamento.

Há diferença entre, alma e espírito?
Sim! Pois a Bíblia nos fala que há divisão da alma e do espírito como em Hb 4.12.
O espírito é a parte integrante (que completa o homem) ou vital do ser humano que tem relação com Deus e Sua operação na vida ou em Sua obra. Por exemplo: Deus deserta o espírito do homem (Ed 1.1, 5).
A alma é o principio inteligente e que, anima o corpo humano e que usa os sentidos físicos como seus agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo para expressar-se e comunicar-se com o mundo exterior. Suas funções são: o pensamento, o sentimento, o entendimento e a vontade. Por exemplo: amar a Deus (Dt 6.5), fica abatida (Sl 42.5). A alma e o espírito formam então o “homem interior”.

A Santificação do espírito.
1) A santificação deve ter inicio dentro de nós, isto é, no nosso espírito.
Em Mateus 23.26 Jesus disse: “Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.”. Jesus mostrou o perigo de somente cuidar do exterior sem observar a necessidade do interior. Assim nós devemos ter esse cuidado com o interior e não só com o exterior. Se preocupar só com o exterior é o que os fariseus faziam (Mt 7.1-13), devemos tomar muito cuidado! Pois se preocuparmos com o exterior, nada diferimos dos fariseus.
A comparação que Jesus fez a esses que se preocupam com o exterior, ou seja, fariseus e escribas, foi a de “sepulcros caiados” (Mt 23.27), ou como “copos sujos” que somente é lavado por fora (Mt 23.25).
Nessa de se preocupar com o exterior, os fariseus chegaram ao extremo! Pois recusaram a entrar na casa de Pilatos, para não se contaminar, só que no entanto, eles estavam cheios de maldição no seu interior, que estavam preparados para crucificar o Filho de Deus (Jo 18.28).
Qualquer movimento espiritual que somente cuida dos ritos e leis para a santificação exterior, deixando o interior, esta em situação de perigo.
2) As atividades de nosso espírito, devem ser atingidas pela santificação.
Lemos que o nosso espírito é o nosso “intimo” e o nosso “coração” (Sl 51.6, 10), o centro de todas as nossas atividades espirituais. Veremos a santificação sobre esse três pontos:
a) Como a sede das nossas relações com Deus.
b) A nossa consciência.
c) A fonte das nossas intenções.
Que o nosso espírito possa ser achado plenamente conservado, irrepreensível, para a inda de nosso Senhor Jesus (1 Ts 5.23).

A Santificação alcança a própria sede das nossas relações com Deus.
1) O espírito do homem constitui a plataforma de Deus na sua vida.
Quando o homem não é crente, o seu espírito é morto (Ef 2.1). No despertamento que Deus dá para conduzir à salvação, é o espírito do homem que Deus desperta (Ed 1.1). Ali Deus implanta a fé (Ef 2.8), e ali, no espírito do homem, é que o Espírito Santo testifica que somos Filhos de Deus (Rm 8.16). Então o nosso espírito junto com nossa alma louvam a Deus (Lc 1.46, 47).
2) E se o espírito do crente não for santificado?
O crente é facilmente tentado a começar a confiar em si mesmo e em sua própria força, em vez de confiar inteiramente em Deus. Então ele passa a esquecer do que Deus fez e tem feito por ele (2 Pe 1.9; Jz 7.3), e esquece de que ele, em si mesmo, não possui nada de bom (Rm 7.18).
Foi isto que aconteceu com Pedro (Mt 26.33, 34), e por esta porta que o rei Uzias entrou, para sua desgraça (2 Cr 26.15-19), a porta da exaltação.
Qualquer que se deixa dominar por sua auto-suficiência, dispensa a direção de Deus, e no seu orgulho se julga grande e importante, mas não sabem eles que “enganoso é o coração mas do que tudo” (Jz 17.9).
A até alguns que se levantam contra os que Deus tem colocado para dirigir o seu trabalho (Lc 10.16), esses se tornam desordenados (Tt 1.10).
Qual a raiz desses problemas?
Falta de santificação do espírito!
3) Quando, porém, o espírito é santificado?
Quando a, comunhão do crente com Deus se torna intima (1 Jo 1.3). O crente passa a andar com Deus (Gn 5.24; 6.9), pois anda no espírito (Gl 5.25).
Como rios de águas vivas (Jo 7.38, 39), o Espírito Santo, tem operar a liberdade (2 Co 3.17, 18).
O crente que sempre vê a sua própria insignificância, fica inteiramente dependente de Deus.

A santificação alcança a nossa consciência.
A consciência que opera no espírito do homem, é um conhecimento junto com Deus, a respeito da maneira de como vivemos ou agimos diante do certo e do errado (Rm 2.15).
A sentença da consciência não aceita contestação.
1) Quando a consciência não é santificada?
Quando o homem a desrespeita, ai ela então fica contaminada (Tt 1.15), com ofensa (At 24.16), ou cauterizada (1 Tm 4.2). Quer dizer destruir ou arrancar própria consciência.
Quando um crente chega a esta situação pode dizer, diante dos erros cometidos que: A minha consciência não me julga mais!
Zacarias relata que eles matam e não se tem por culpado (Zc 11.5) e vendem louvando ao Senhor (Zc 11.5). isso acontece quando a consciência não mais atua! Embora a pessoa esteja em pecado, ser extremamente rude com seu irmão (2 Sm 12.5; Mt 7.3, 4).
O fim de tudo isso é uma ruína (naufrágio) na fé (1 Tm 1.19).
2) Uma consciência santificada é, sensível e pura.
Lemos em Hebreus 9.14 que, o sangue de Cisto purifica nossa consciência. Nada do passado perturba, porque tudo que houve já foi acertado com Deus e com os homens, e esta debaixo do sangue de Jesus (1 Jo 1.7)
Existem crentes que só querem acertar com Deus, e não querem acertar com seu irmão, pois não conseguem pedir perdão a ele! Isto pode, mais tarde, trazer conseqüência terríveis, é melhor fazer como Zaqueu, ele restituiu tudo o que tinha tomado com fraude (Lc 19.8), ou como o carcereiro que, novo convertido, lavou as feridas que ele mesmo tinha causado em Paulo e Silas (At 16.33).
Assim a nossa consciência se conserva sensível e nos ajuda a sujeitar-nos a Deus (Rm 13.5).

A santificação deve alcançar a fonte das nossas intenções.
Quando falta santificação em nosso espírito?
Quando nossa intenções são influenciadas pelo engano (Sl 32.2). isto foi o que aconteceu com Jacó, quem em sua intenção de ganhar a primogenitura de Esaú, enganou seu pai Isaque (Gn 27.16, 36), existem alguns que enganam com “peles” aqueles que tem visão fraca (Mt 7.15), ou vem com um beijo, mas atrás esta a traição, como Judas fez com Jesus (Mt 26.48-50), ou uma ferida na quinta costela, como joabe fez com Amasa (2 Sm 20.9, 10).
Quando o nosso espírito é santificado?
Quando deixamos todo o engano (1 Pe 2.1), e passamos a agir com integridade de coração (Sl 78.72; 7.8; 101.2, 6). Quando acontece isso o nosso coração passa a ficar disposto a fazer a vontade de Deus (Pv 21.1).
Quando a noiva de Jesus experimenta a santificação ele fica “toda formosa” (Ct 4.7). Com propósito de coração ela firme (At 11.23), e as suas intenções são sinceras para fazer a vontade de Deus (At 20.24; Fp 1.20).

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